Cristina Vidal não é atriz mas conhece bem o palco do Teatro Nacional D. Maria II, onde há 25 anos trabalha como ponto. E agora em “Sopro”, de Tiago Rodrigues, a primeira estreia do Teatro Nacional D. Maria II na edição deste ano do Festival de Avignon, invertem-se os papéis para ser ela protagonista, numa peça em que, entre atores e fantasmas, ela que é “guardiã de uma profissão em vias de extinção” evocará histórias reais e ficcionais de um teatro em ruínas.
“Sopro” será apresentado no Cloître des Carmes até 16 de julho, numa altura em que Tiago Rodrigues acabou de ser anunciado como candidato ao Europe Theatre Prize Theatrical Realities, que no passado distinguiu nomes como Romeo Castellucci, Thomas Ostermeier e Rodrigo García. Em Portugal, apenas Miguel Seabra, com o Teatro Meridional, venceu este prémio.
Será a segunda participação do D. Maria II neste que é um dos maiores festivais de teatro e artes performativas do mundo, depois de há dois anos também Tiago Rodrigues ter lá apresentado “António e Cleópatra”. Nesta edição, será ainda apresentado “Tristeza e alegria na vida das girafas”, de Tiago Rodrigues, com encenação de Thomas Quillardet.
Depois de Avignon, “Sopro”, que conta ainda com Beatriz Brás, Isabel Abreu, João Pedro Vaz, Sofia Dias e Vitor Roriz entre o elenco, poderá ser visto no Teatro Nacional D. Maria II, de de 2 a 19 de novembro.
O espetáculo é uma produção do Teatro Nacional D. Maria II, dirigido por Tiago Rodrigues, em coprodução com a ExtraPôle Provence-Alpes-Côte d’Azur, o Festival d’Avignon, o Théâtre de la Bastille, o La Criée Théâtre Nacional de Marseille, o Le Parvis – Scène Nationale Tarbes Pyrénées, o Teatro Viriato e o Festival Terres de Paroles – Seine Maritime – Normandie.