Numa cerimónia realizada ontem, no parlamento turco, de celebração do primeiro ano da tentativa de golpe de Estado, esmagada pelas autoridades, Recep Tayyip Erdogan defendeu a Turquia deveria "cortar as cabeças dos traidores" que querem desestabilizar a nação.
Para além disso, o presidente do país propôs ainda, citado pelo "Guardian", que todos aqueles que estão a ser julgados pelo alegado envolvimento na insurreição de 15 de julho de 2016, deveriam ter de apresentar-se em tribunal com um uniforme único, "como em Guatánamo".
Segundo os números disponibilizados em maio pelo Ministério do Interior, já foram detidas mais de 47 mil pessoas, desde junho do ano passado, incluindo milhares de agentes policiais e membros do exército. Outras 120 mil pessoas – que incluem soldados, polícias, funcionários públicos, jornalistas, juízes, professores ou deputados – foram despedidas ou suspensas dos seus cargos.
Erdogan acusa o líder religioso Fethullah Gulen – exilado nos EUA – e os seus próximos, de terem orquestrado a tentativa de assalto ao poder.