18 de julho
Rodrigo y Gabriela
Os acordes de abertura serão dados por Rodrigo y Gabriela, a dupla de mexicanos conhecidos por misturar em palco o rock, o jazz e o flamenco, uma combinação tão inusitada mas que, ao fim
ao cabo, é um casamento
feliz com a espinha dorsal
do festival.
Portugal não é palco novo para Rodrigo y Gabriela – que hoje tocam nos Jardins do Marquês de Pombal –, uma vez que já no ano passado pisaram, devidamente acompanhados das suas guitarras, o chão da Aula Magna. Amanhã, voltam para apresentar os temas do novo álbum,
“9 Dead Alive”.
Márcia
A primeira voz da prata da casa desta 14.ª edição tem o timbre da poesia de Márcia, cantora portuguesa, reincidente no festival onde já tinha atuado em 2014. Hoje, leva mais um disco ao palco – “Quarto Crescente”.
19 de julho
The Pretenders
É no Parque dos Poetas que atuam “The Pretenders”. O último concerto da histórica banda em Portugal foi, literalmente, no século passado: 1999. Com Chrissie Hynde aos comandos, os Pretenders trazem “Alone”, décimo álbum do grupo, lançado no ano passado. Ao “Expresso”, a cantora – para quem as distinções, principalmente no meio do rock, são um bónus descartável – foi perentória: “Estar sozinha é um luxo”. Menos quando se dá um concerto, pois claro.
Rita Redshoes
Rita Redshoes, ou Rita Pereira, traz pop a esta noite e, na mala, um disco recente, também ele feminino – “Her” – onde canta pela primeira vez em português. São três os temas cantados na lígua
de Camões que a cantora deve levar a esta edição
do EDP CoolJazz.
20 de julho
Maceo Parker
O cantor e saxofonista Maceo Parker personifica a musicalidade negra norte americana dos anos 60, com raízes no soul, funk e jazz. Foi criado num berço feito de música – desde os pais, que cantavam na igreja, aos irmãos, que também seguiram este caminho. Nos anos 60, criou uma forte ligação a James Brown – uma das influências de Michael Jackson, de quem foi saxofonista. Dia 20, toca nos Jardins do Marquês de Pombal.
Da Chick
A miúda, de seu nome Teresa Freitas de Sousa, é lisboeta e é Da Chick. Mais uma portuguesa no cartaz, Da Chick começou em 2009 no mundo da música e já é repetente nos cartazes do EDP CoolJazz, onde costuma pôr toda a gente
a dançar.
23 de julho
Maria Gadú
A brasileira já é presença familiar em Portugal e dia 23 divide os jardins do Marquês com Filipe Catto para uma noite com sotaque. Maria Gadu – Mayra Corrêa Aygadoux – canta desde que é gente e a sua guitarra e voz são bem conhecidas dos portugueses, seja pelo sucesso “Shimbalaiê” – que compôs quando tinha dez anos – ou a sua versão de “A história de Lily Brown”.
Filipe Catto
A voz distinta de crontratenor de Filipe Catto está a gerar público deste lado do Atlântico. Intérprete de música popular brasileira, o cantor de 29 anos, nascido no Estado de Rio Grande do Sul, estreou-se em março em Portugal, durante uma passagem em que apresentou o álbum gravado em 2015, “Tomada”. Em entrevista ao i, definiu-se assim: “Sempre fui um ponto fora da curva”.
25 de julho
Jorge Palma
Cantava na rua antes de ser famoso, continuou a cantar com o seu piano que já dispensa apresentações. Jorge Palma atua a 25 nos Jardins do Marquês de Pombal no único dia sem artistas no feminino. Com um repertório bem conhecido do público, Jorge Palma deixará certamente a rir uma audiência que, se souber ao que vai, lhe dará lume, numa noite em que Palma será a voz da experiência, já que divide o protagonismo com os 23 anos de Jake Bugg.
Jake Bugg
O cantor e compositor britânico Jake Bugg regressa a Portugal – já cá tinha estado em 2013 no ainda Optimus Alive e em 2014 no Super Bock Super Rock, ainda no Meco, para apresentar o seu terceiro álbum, “On My Way”, gravado integralmente por si.
26 de julho
Luísa Sobral
Os concertos de Luísa Sobral têm esgotado desde que a música que compôs, Amar pelos Dois, arrebatou corações na Eurovisão. Dia 26, a cantora divide atenções com Jamie Lidell. Autora, compositora e cantora, gravou o mais recente álbum, “Luísa” – lançado no ano passado – durante a gravidez do primeiro filho.
Jamie Lidell
Jamie Lidell vai dividir as atenções dos Jardins do Marquês de Pombal com o septeto “The Royal Pharaohs”. O britânico é conhecido por usar o microfone também como instrumento de percussão. Lançou o último álbum, “Compass”, há sete anos, antecedido por “Muddlin Gear” (2000), “Multiply” (2008), “Multiply Additions” (2006) e “Jim” (2008).
29 de julho
Jamie Cullum
Se houvesse voz e cara bandeira do EDP CoolJazz, bem poderia ser a de Jamie Cullum. É ao Parque dos Poetas que o cantor e pianista de jazz contemporâneo regressa para mais uma atuação. Desta feita, promete tocar músicas novas que integram um álbum a ser lançado depois do verão. “Em Portugal há um público apaixonado que faz um músico sentir-se muito bem em palco”, afirmou Cullum ao “Diário de Notícias”.
Beatriz pessoa
É no último dia desta edição que a cantora e compositora Beatriz Pessoa, tida como um dos novos talentos ali no limbo do jazz e da pop, atua pela primeira vez no festival, depois de ter lançado o seu primeiro EP, “Insects”.
A Bicefalia do EDP Cooljazz
No EDP CoolJazz há dois cantores por cada um dos sete dias mas, desde que os Jardins do Marquês de Pombal deixaram de dar vazão à afluência, há também dois palcos. Comecemos pelo primeiro.
Jardins do Marquês de Pombal
Palco das mais diversas atividades culturais do concelho — desde provas de vinhos a noites de cinema – este é um local histórico. O nome nada engana – estes são efetivamente os jardins do Palácio Marquês de Pombal, em que o célebre marquês, também conde de Oeiras, descansava aos fins de semana. Após o terramoto de 1755, o local também precisou de reconstrução.
Parque dos poetas
Do século XVIII para o XXI e para o jardim que roubou o nome aos mais importantes poetas de língua portuguesa, o parque estende-se por 22,5 hectares. O estádio municipal de Oeiras, parte do Parque, é o local que acolherá os concertos do EDP CoolJazz.