Gritava até se acabar a voz, e tantas vezes até perder mais que isso, sendo um dos cantores em que mais assustava a possibilidade de não restar nada dele no fim do concerto. Chester tinha apenas 41 anos, milhões de álbuns vendidos, uma carreira de enorme sucesso à frente da banda de nu-metal que comanda até hoje uma das mais leais legiões de fãs, mesmo depois de, há uns anos, os Linkin Park terem perdido a força dos primeiros anos.
De acordo com fontes da polícia, Chester Bennington enforcou-se na sua residência em Los Angeles (EUA). O vocalista dos Linkin Park tinha seis filhos de duas mulheres, um dos quais adoptado.
O músico nunca deixou de encarar o lado negro da vida, e falava abertamente do seu historial de problemas com drogas e álcool, que tantas vezes serviu de inspiração para as músicas da banda.
Chester Bennington era bastante próximo de Chris Cornell, o vocalista dos Soundgarden que também se suicidou por enforcamento, em maio, e que faria esta quinta-feira 53 anos. Numa entrevista, Bennington admitira já a hipótese do suicídio chegou a assombrá-lo, e associava alguns dos seus traumas ao facto de ter sido abusado em criança por um homem mais velho, recorda a TMZ.
Bennington tornou-se conhecido do grande público no ano 2000, quando o primeiro álbum dos Linkin Park, Hybrid Theory, disparou para os primeiros lugares das tabelas. Mais tarde, criou a banda Dead by Sunrise e foi ainda vocalista dos Stone Temple Pilots, onde substituiu o histórico Scott Weiland.
A banda ganhou dois Grammy, pela performance de "Crawling" e pelo single "Numb/Encore", do disco "Collision Course", gravado em colaboração com o rapper Jay-Z em 2004. O último disco lançado pelo grupo, "One More Light", saiu em maio deste ano.