O ex-candidato presidencial, herói de guerra e senador norte-americano John McCain tem cancro no cérebro. O diagnóstico foi confirmado na quarta-feira à noite pelos seus médicos e família.
O tumor – conhecido como glioblastoma – foi detetado na semana passada durante uma intervenção cirúrgica a que o consagrado político do Partido Republicano fora submetido para remover um coágulo sanguíneo acima do olho esquerdo.
A clínica onde McCain foi operado e diagnosticado emitiu um comunicado a noticiar que o senador do estado do Arizona “está a recuperar muitíssimo bem” da cirurgia e revela que as opções de tratamento podem incluir “uma combinação de quimioterapia e radiação”.
Meghan McCain, filha do republicano, confessou, através de uma mensagem publicada no Twitter, que a família ficou “em choque” com a notícia e que agora “vive com a ansiedade de saber o que virá a seguir”. Ainda assim, refere que o pai está “calmo” e “confiante”. “Nem o mais cruel dos inimigos o conseguiria quebrar. O cancro pode vir a afligi-lo de várias maneiras, mas nunca o fará render-se”, escreveu Meghan.
Statement regarding my father @SenJohnMcCain: pic.twitter.com/SMte9Hkwkq
— Meghan McCain (@MeghanMcCain) July 20, 2017
A revelação do estado de saúde do senador motivou várias mensagens de apoio, oriundas de todos os espetros da política norte-americana. O presidente Donald Trump elogiou o “lutador” McCain e enviou “orações” para toda a família e o antigo chefe de Estado Barack Obama diz que “o cancro não sabe com quem se meteu”. “Dá-lhe o inferno, John”, escreveu o ex-presidente democrata no Twitter.
John McCain is an American hero & one of the bravest fighters I've ever known. Cancer doesn't know what it's up against. Give it hell, John.
— Barack Obama (@BarackObama) July 20, 2017
John McCain foi eleito para a câmara alta do Congresso norte-americano pela primeira vez em 1986 e, desde essa altura, já foi reeleito em cinco ocasiões – a mais recente em novembro de 2016, nas últimas eleições. Em 2008 tentou a sorte na corrida ao mais alto cargo político nos EUA, mas foi derrotado por Obama.
É uma das vozes mais independentes do Senado e não tem tido problemas em criticar a administração Trump, nomeadamente sobre as suspeitas sobre as interferências russas nas eleições presidenciais.