O mistério do Triângulo das Bermudas foi desvendado: não há mistério nenhum. Não desaparecem mais aviões e barcos na zona entre Porto Rico, Florida e Bermudas do que noutras partes do mundo.
Quem o defende é Karl Kruszelnicki, conhecido cientista e autor sueco. Numa entrevista ao site news.com.au, o investigador afirmou que não existem quaisquer dados estatíscos que corroborem o alegado mistério.
Teorias da conspiração defendem que, nos últimos 100 anos, pelo menos 1000 pessoas, 20 aviões e 50 embarcações desapareceram naquele local. No entanto, Kruszelnicki defende que os números mostram que não houve mais desaparecimentos do que o normal: o número de aviões e barcos que desapareceram naquela zona “é igual a qualquer outra parte do mundo”, defende.
De acordo com o cientista, o mito surgiu quando uma escolta militar desapareceu naquela zona, no período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. O mau tempo e meios de transportes menos seguros ajudavam a que, numa zona onde existia bastante tráfego, fossem noticiados vários acidentes. Mas o comportamento dos pilotos – consumirem álcool antes e durante o voo, perderem a rota, ou partirem sem o equipamento adequado – também era um fator de risco.
Kruszelnicki afirma que o facto de nunca terem aparecido corpos ou detroços não o surpreende, pois existe naquele local uma grande massa de água com uma grande profundidade.
As notícias dos desaparecimentos aliadas ao facto de não serem encontrados materiais deram origem à lenda do Triângulo das Bermudas, onde (alegadamente) um maior número de aviões e barcos desaparecia sem deixar rasto. Surgiram várias teorias da conspiração para tentar justificar o grande número de casos nesta zona – alguns defendiam que os meiosd e transporte eram engolidos por bolhas de metanos que emergiam das profundezas oceânicas, uma teoria que a comunidade científica já veio negar.
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