Durante este período de seca prolongada, que também inclui Portugal, muitas zonas de Itália foram obrigadas a fechar as torneiras e as fontes. O Vaticano já começoou a desligar, esta segunda-feira, as mais de 100 fontes existentes no Estado.
Esta iniciativa está relacionada com os ensinamentos do Papa Francisco sobre o ambiente e, em declarações à Reuters, o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, afirmou que esta é a primeira vez que algo do género acontece no país, sendo esta a melhor forma de o Vaticano demonstrar a sua solidariedade com Roma durante este período de seca.
"Esta decisão está em consonância com o pensamento do Papa sobre ecologia: Não podemos desperdiçar e por vezes temos de estar dispostos a fazer um sacrifício", sublinhou o porta-voz.
Roma tem registado níveis de chuva mais baixos que a média, e a maioria das fontes e bebedouro tinham já sido desligados, uma vez qiue esta primavera foi a terceira mais seca de Itália nos últimos 60 anos.
Nos próximos dias, todas as fontes do Vaticano vão ser desligadas gradualmente. Na Praça de São Pedro, as duas fontes do século XVII já não deitam água.
Para além disso, também as autoridades da região de Lázio decidiram que não vão continuar a explorar as águas do lago Bracciano, um dos que abastece a capital italiana, privando assim Roma de água durante oito horas, um terço do dia.
“Assistimos a uma tragédia”, adiantou o presidente da Lázio, Nicola Zingaretti, quando optou por interromper a utilização do lago, que se encontra a cerca de quarenta quilómetros de Roma.