O número de crianças e jovens em casas de acolhimento baixou 33% nos últimos dez anos. Números do ano passado apontam para 8175 jovens nesta situação, quando em 2006 ascendia às 12 245.
No entanto, apesar do decréscimo no número de crianças acolhidas, verificou-se em 2016 um aumento no número de novas entradas e uma redução do número de saídas.
Segundo o Relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens CASA 2016, 2396 menores (22%) foram acolhidos em 2016, mais 194 relativamente a 2015 (9%), e 2513 deixaram o acolhimento, menos 2513 (4%), a maioria para regressar à família e 259 crianças (10%) foram integradas numa família adotante em período de pré-adoção.
Em 2016, manteve-se uma "ligeira prevalência" de rapazes (52,7%) e "um claro predomínio" de jovens com idades entre os 12 e os 20 anos (69,4%).
Sobre os motivos que levaram ao acolhimento da criança ou do jovem, o relatório aponta o principal foi negligência associada a "falta de supervisão familiar" (4826), seguido da "exposição a modelos desviantes" e de "comportamentos desviantes", detetados em 832 crianças.