O terceiro político filipino acusado publicamente pelo presidente Rodrigo Duterte de estar envolvido em crimes de tráfico de droga morreu durante uma operação da polícia na madrugada deste domingo.
Reynaldo Parojinog, presidente da Câmara de Ozamiz, na ilha de Mindanao, estava em casa com a mulher e outros familiares quando a polícia filipina realizou uma operação de rusga que terminou em trocas de tiros e na morte de Parojinog, da sua mulher, de um seu irmão e mais nove pessoas.
As autoridades filipinas afirmam que os seguranças privados de Parojinog abriram fogo sobre a polícia, que respondeu também com disparos, mas um porta-voz do presidente da Câmara negou que tivesse havido disparos dos seus seguranças e afirma que o incidente nada mais foi do que um assassinato.
Parojinog é o terceiro presidente da Câmara filipino a morrer na campanha contra o tráfico de droga iniciada por Rodrigo Duterte, que defende em público mortes extrajudiciais contra traficantes e consumidores, parece ter inaugurado um período de impunidade para cidadãos e polícias de esquadrões da morte e afirmou que também ele, quando era presidente da Câmara, matou traficantes capturados.
Ao longo da sua breve presidência de pouco mais de um ano, já morreram mais de sete mil pessoas na sua guerra às drogas.
Num comunicado, o porta-voz de Duterte pareceu indicar que o presidente ficou agradado com a operação da madrugada de ontem – que a polícia diz ter terminado com a captura de drogas e espingardas automáticas.
“Os Parojinog, como bem se sabe, estão incluídos na lista do presidente Duterte das pessoas envolvidas em tráfico de drogas”, respondeu ontem o porta-voz Ernesto Abella.