O valor de 40 mil milhões de euros foi noticiado ontem pelo “The Sunday Telegraph”, jornal que cita responsáveis do governo britânico, que sob anonimato revelaram que o Reino Unido estará disposto a pagar até 40 mil milhões pelo Brexit.
A contrapartida seria a aceitação por parte de UE de uma negociação das questões financeiras no âmbito de um futuro acordo geral sobre as relações – em especial as comerciais – entre Londres e Bruxelas.
A União Europeia defende que antes das negociações comerciais são necessários progressos nas questões financeiras. Bruxelas está a examinar as regras para os serviços financeiros que ainda se aplicarão às empresas de Londres depois de março de 2019.
As instituições comunitárias querem ainda negociar primeiro a questão dos direitos dos cidadãos europeus a residir no Reino Unido e a questão da fronteira entre a Irlanda do Norte (que pertence ao Reino Unido e a República da Irlanda (Estado-membro da UE).
De acordo com a agência Bloomberg, as negociações em curso – que começaram no início de julho -,são sobre a legislação bancária, muito abrangente, que transportará os novos padrões globais para o direito comunitário bem como um conjunto de novas regras para temas que vão desde as pensões às obrigações, passando pelos derivados (instrumentos financeiros destinados a cobrir os riscos e a volatilidade do mercado).
Todos estes temas são importantes para o Reino Unido, que terá de aplicar todas as leis que forem aprovadas antes do Brexit e ter o mesmo tipo de legislação em vigor depois da saída do bloco comunitário para que as empresas com sede em Londres continuem a ter acesso ao mercado único.