O Benfica desloca-se esta segunda-feira a Chaves, para a segunda jornada da Liga portuguesa. Na antevisão ao encontro, o técnico Rui Vitória reservou elogios para o conjunto flaviense, agora orientado por Luís Castro, mas também aludiu a outros assuntos, nomeadamente a veia goleadora de Seferovic, avançado suíço contratado esta época e que soma dois golos em igual número de jogos oficiais – já depois de ter sido a grande figura da equipa na pré-temporada.
"Foi para isto que o fomos buscar, por isso não me está a surpreender. Uma das coisas mais difíceis quando se contrata jogadores é projetar, pensar se vai render, se vai ter condições para mostrar as suas qualidades. Neste caso, entendemos que sim. Está feliz e satisfeito, ao lado de bons jogadores e num clube fantástico, onde joga mais ao ataque do que noutras equipas que representou e, portanto, tem condições para ter este rendimento", realçou Rui Vitória, dizendo que o segredo para o sucesso da parceria entre Seferovic e Jonas está "no trabalho e na capacidade que têm de aprender, a disponibilidade para ouvir, no treino, no jogo". Lembrou, porém, que nenhum jogador tem o estatuto de titular absoluto na equipa: "Ao longo do tempo, isso tem sido mais do que evidente, comigo. Há rendimento e ele está a tê-lo. Neste momento joga o Seferovic, mas a qualquer momento pode jogar o Mitroglou ou o Raúl [Jiménez]."
Um dos problemas que mais tem sido apontado ao Benfica 2017/18 é o processo defensivo. O treinador das águias assume que já houve falhas, mas considera essa situação "normal". "Cometemos aqui ou ali um outro erro, mas perfeitamente normal. Estes dois jogos foram de exigência muito considerável, com adversários que são o quarto e quinto classificados da Liga (Vitória de Guimarães e Braga). Colocámos o nosso processo defensivo à prova e tivemos um desempenho positivo. Não há perfeições. Estamos a começar bem e estou satisfeito com os dois processos", indicou, salientando os seis golos marcados em dois jogos. Questionado sobre a necessidade de reforçar a equipa – e a alegada iminência da contratação do lateral-direito croata Milos -, Rui Vitória foi perentório: "Os jogadores que preciso são os que cá tenho, estes são os que vão para a frente e estão a dar conta do recado. Não estou preocupado, os que temos têm capacidade para representar a equipa."
Sobre o Chaves, Vitória assumiu esperar um jogo "naturalmente difícil". "É uma equipa que, vinda da II Liga, fez um campeonato muito bom na época passada. E agora, com a mudança de treinador, já se vê que é uma equipa muito organizada, pois as equipas do Luís Castro têm esta forma de estar em campo. Joga em 4x3x3, tem um ataque posicional muito bem definido e defende em espaço curto. No jogo anterior cometeu um ou dois erros naturais de quem está a começar época, mas tem uma forma tipificada de jogar. Olho para aquilo que é a matriz da equipa: tem boa organização ofensiva e defensiva. Sabe muito bem o caminho a percorrer e vai querer impor a sua forma de jogar. Nós temos de continuar como sempre, a olhar para cada adversário, ver as virtudes deles, controlá-las e pôr as próprias em campo. É fundamental estar concentrado e ser eficaz. Não é só eficácia de golos, mas sim em todas as ações. Temos de ter uma grande organização porque vamos encontrar uma equipa boa", sentenciou.
Na lista de convocados, entretanto divulgada, duas mudanças em relação à primeira jornada: Aurélio Buta deu o seu lugar a Rúben Dias e Chris Willock foi também chamado, sendo assim 21 os convocados para a deslocação a Trás-os-Montes. De fora ficam os lesionados Júlio César, Grimaldo, André Horta, Zivkovic e Mitroglou e o castigado Samaris.
Lista de convocados:
Guarda-redes: Paulo Lopes e Bruno Varela;
Defesas: André Almeida, Lisandro, Luisão, Jardel, Rúben Dias e Eliseu:
Médios: Fejsa, Filipe Augusto, Pizzi, Salvio, Cervi, Diogo Gonçalves, Rafa, Chrien e João Carvalho;
Avançados: Raul, Jonas, Seferovic e Willock