O incidente ocorreu no sábado. Roberta Ursery e a família tinham escolhido a praia de Panama City para passar o dia, e a certa altura deu-se conta de que tinha perdido de vista os filhos de oito e 11 anos. Depois de alguns momentos de aflição, avistou-os já bem longe, na água. Estavam os dois retidos por uma corrente que os impedia de regressarem ao areal.
"Estavam a gritar e chorar, diziam que estavam presos e não conseguiam sair dali", lembra Ursery. Ao ver as crianças em perigo, Ursery instigou o resto da família a correr para água em seu socorro. Mas depressa se deram conta de que a corrente estava muito forte até para os adultos, que se viram também presos na água.
Foi então que os outros banhistas se aperceberam de que teriam de fazer alguma coisa para impedir um desastre. De forma espontânea, começaram a entrar na água e a dar as mãos para formar uma corrente humana capaz de suportar a corrente marítima. "Passou de umas cinco pessoas a cerca de 70 no final. E prolongou-se por bem mais de uma hora", contou Jessica Simmons, uma das pessoas que ajudaram a salvar a família.
Esta inusitada técnica de resgate foi um sucesso. Toda a família foi devolvida ao areal num ambiente não apenas de alívio mas de comoção, com as pessoas a aplaudirem, disse Simmons à estação WJHG.
"Como mãe, é suposto eu ser capaz de proteger os meus filhos, mas naquele dia não consegui", desabafou Ursery. "Precisei da ajuda de estranhos, pela qual ficarei eternamente grata".
O filho de oito anos, Stephen, disse à mesma estação que só esperava um dia poder retribuir o que fizeram pela sua família, resgatando também ele cada uma das pessoas que os salvaram no sábado.