Há quem diga que o seu corpo não estava dentro do caixão. Alguns defendem que inventou a sua morte para fugir de uma organização criminosa. Há até quem afirme que não é uma pessoa, mas sim um ser parecido com um reptil, que tem a capacidade de se transformar nums er humano.
São muitas as teorias e muitos avistamentos. De tal forma que até já foi criada uma página no Facebook chamada ‘Evidence Elvis Presley is Alive’. O objetivo é mostrar a todos os que acreditam que o ‘rei do Rock n’ Roll’ morreu a 16 de agosto de 1977 na casa de banho da sua mansão Graceland, em Memphis, no estado norte-americano do Tennessee, que estão errados.
Desde o dia da sua morte, milhares de pessoas relatam ter visto a estrela nos mais variados sítios: desde estar a atender pessoas na caixa de um supermercado na Califórnia a desempenhar as funções de polícia em Nova Iorque, passando por uma visita a Chernobyl após a catástro de 1986 e um jantar na conhecida cadeia de fast-food Burger King, regressando mais tarde a Graceland para tratar dos jardins da sua propriedade, o rei do Rock já fez de tudo. Mas, afinal, por que razão é que Elvis Presley tem tido uma vida ‘tão ativa’ nas últimas quatro décadas?
O jornal britânico Independent falou com Michael Wood, professor na Universidade de Winchester especialista em psicologia pord etrás das teorias da conspiração. Tal como nos casos da princesa Diana e do rapper Tupac – que também já foram vistos várias vezes a passear por aí… – estas não veem Elvis no meio da rua só por acreditarem nas teorias da conspiração, mas graças ao ‘wishful thinking’, que em português se traduz para algo como o pensamento ilusório.
“Se for fã de uma celebridade, se calhar custa-lhe a ideia de ver essa pessoa partir. Pode ser algo tão simples quanto isto”, explica.
No entanto, podem existir outas hispóteses: “Por outro lado, temos uma tendência a fazer uma equiparação entre causa e efeito. Por isso achamos que um grande efeito tem de ter uma grande causa por detrás. O caso de Diana é um excelente exemplo: um condutor embriagado e paparazzi agressivos – esta não é o cenário normal para a morte de uma princesa”, afirma Wood.
“Um dos principais gatilhos psicológicos por detrás destas teorias da conspiração é este desiquilibrio entre a dimensão da causa e a dimensão do efeito. Podemo equilibrá-los ao colocar a hipótese de existir uma causa muito maior ou diminuir o efeito”, acrescenta.
Por isso, é provável que algumas pessoas continuem a ver o Elvis a passear calmamente pelos EUA ou pela Europa. É a maneira, de uma forma muito peculiar, dar algum sentido à sua morte… Ou à sua vida.