No dia 2 de maio de 2011 o mundo (quase) parou com a morte do líder e fundador da Al-Qaeda, Osama Bin Laden. No entanto, até hoje, as imagens da sua morte nunca foram divulgadas, e foram muitos o que se questionaram sobre o porquê de a Casa Branca nunca ter libertado as imagens do corpo do terrorista, assim como fez com a morte de Saddam Hussein, o antigo presidente do Iraque.
Agora, a explicação para isto é dada no livro que foi escrito por Robert O’Neill, um dos membros da equipa que matou Bin Laden, e numa publicação de Jack Murphy, um antigo militar.
No site Sofrep, Murphy explica que o estado do corpo de Bin Laden ficou de tal forma degradado que punha em causa a reputação dos militares dos Estados Unidos. Os soldados dispararam mais de 100 balas contra o líder da Al-Qaeda, e a exposição destas imagens podia causar um “escândalo internacional” e as “investigações iriam levar a outras operações que muitos querem manter em segredo”, disse.
"Sob as Leis da Guerra Terrestre, um soldado tem todo o direito de fazer alguns tiros no alvo, depois de este ter caído. Sempre que o inimigo não se rende, é moral, legal e ético atirar contra o corpo algumas vezes para se certificar de que está realmente morto e não representa mais uma ameaça. Mas o que aconteceu a Bin Laden foi excessivo.", explicou o antigo militar.
Já O’Neill descreveu, no seu livro “The Operator”, a intervenção da equipa 6 do SEAL – a principal força de operações especiais dos Estados Unidos da América – e referiu que os tiros foram de tal forma fatais, que lhe abriram a cebeça (de Bin Laden) ao meio.
A equipa entrou em Abottabad, no Paquistão, à procura da casa onde supostamente vivia Osama e terá sido no segundo andar que a equipa encontrou o filho do terrorista, armado com uma AK-47: "Khalid, vem aqui", terá dito a equipa, e ao mostrar a cabeça, para espreitar, foi morto com tiros.
Nesse momento, O'Neill e outro militar subiram ao terceiro andar e ao entrar na habitação de Bin Laden encontraram duas mulheres, que imobilizaram de imediato com receio de que fossem bombistas suicidas. Ao fundo estava Osama Bin Laden e O'Neill, sem hesitar, disparou: "Em menos de um segundo, apontei a arma por cima do ombro direito de uma das mulheres e apertei o gatilho duas vezes. A cabeça do terrorista abriu-se ao meio e ele caiu para o chão. Disparei outra bala para a cabeça, por segurança", escreveu no livro.
Pouco depois desta operação, o Governo dos EUA anunciou que a “Operação Gerónimo” teria sido concretizada com sucesso, tendo o corpo de Bin Laden sido deixado, em segredo, no mar Arábico ainda no dia da sua própria morte.