Alexander Zverev é um dos candidatos a vencer o Open dos Estados Unidos, o último torneio do Grand Slam de 2017, que começa na próxima segunda-feira.
Aos 20 anos, ‘Sasha’ está uma máquina desde que começou a treinar com Juan Carlos Ferrero, o espanhol que foi n.º1 mundial e atingiu a final deste mesmo US Open em 2003, derrotado por Andy Roddick, o último norte-americano a vencer um Major.
Tal como o seu homónimo que foi rei, Juan Carlos é o mais português dos espanhóis. Venceu vários torneios em Portugal, desde os sub-14 até ao antigo Estoril Open, e criou diversas amizades, incluindo com Nuno Marques.
Duvido, no entanto, que o selecionador nacional português lhe vá pedir conselhos, dada a possível presença do mais novo dos irmãos Zverev na seleção alemã que defrontará Portugal no Estádio Nacional, de 15 a 17 de setembro.
Uma eliminatória que poderá contar com Boris Becker, nomeado pela Federação Alemã de Ténis diretor-técnico para o ténis masculino.
O antigo n.º1 mundial e ex-campeão de Wimbledon, do US Open, Open da Austrália e da Taça Davis competiu em Portugal em 1991, numa exibição organizada por João Lagos no pavilhão do Boavista, no Porto.
Jogou um set com Nuno Marques, perdeu por 6-1, elogiou o esquerdino português pela sua velocidade, declarou-se lesionado, desistiu e arranjou um sério problema a João Lagos.
Na semana seguinte, Becker competiu em Monte Carlo, onde chegou à final, e da lesão nada se viu. Aliás, eu e o jornalista português Norberto Santos fomos à edição desse ano do torneio monegasco, lembro-me de perguntar-lhe numa conferência de imprensa pela tal lesão, dele piscar o olho e responder: «Como é que sabes disso?».
Boris Becker voltou a ser anunciado em Portugal em 2004 e 2005 para os Laureus Sports Awards que se realizaram em Cascais, mas aí, em vez de ténis, era suposto jogar golfe, na Quinta da Marinha.
Numa das ocasiões, após alguns buracos, alegou estar doente, não completou a volta e deixou o então secretário de Estado do Turismo português com menos um parceiro no seu grupo.
Não foram famosas as passagens de Boris Becker por Portugal e seria excelente para nós que o mesmo sucedesse na Taça Davis.
O grande adversário de Portugal não será, contudo Becker, mas sim Zverev, que ganhou de rajada os torneios de Washington e Montreal, mas depois, esgotado, foi eliminado prematuramente em Cincinnati.
Vamos rezar para que ‘Sasha’ ganhe mesmo o US Open e esteja de novo tão cansado e saturado que opte por nem vir a Lisboa quatro dias depois… seria a nossa melhor hipótese.