O cenário de rapto da criança lusodescendente desaparecida em França está a ganhar força. Três dias depois do desaparecimento de Maelys de Araújo, com buscas a decorrer, as autoridades francesas anunciaram que abriram uma investigação de rapto.
A criança de nove anos desapareceu no sábado à noite, em Pont-de-Beauvoisin, na região de Isère no sudeste francês, durante uma festa de casamento. Desde então que estão a decorrer buscas, tendo sido mobilizados cerca de 100 polícias, vários cães de busca, uma equipa de mergulhadores e helicópteros. Também os 200 convidados do casamento têm vindo a ser interrogados pela polícia.
No entanto, “dado o tempo decorrido desde o desaparecimento” de Maelys de Araújo “nenhuma pista de acidente ou crime está a ser descartada”, disse em comunicado a procuradora de Bourgoin-Jallieu, Dietlind Baudoin, responsável pelo caso. Mas, de acordo com o diário “Le Parisien”, a hipótese de fuga parece já ter sido posta de parte pelas autoridades.
O caso está a ser conduzido pelo departamento de investigações de Grenoble, apoiado pela brigada de investigações de Tour-du-Pin e pela brigada territorial de Pont-de-Bonvoisin. As autoridades lançaram alertas no Twitter e a nível local mas ainda não foi emitido nenhum alerta a nível nacional ou internacional. Isto porque a lei foi alterada em 2006 pela procuradoria geral francesa, que definiu quatro critérios para que se possam emitir alertas: a vítima tem de ser menor de idade, têm de existir fortes indícios de rapto, indícios de risco de vida ou da integridade física da vítima e informações sobre o paradeiro da vítima ou do sequestrador. Este caso não preenche todos esses requisitos.