Residências universitárias. Regras apertadas sob a ameaça de expulsão

As residências universitárias são uma alternativa, mas há quem prefira arrendar um quarto.

Optar por residências de estudantes é uma das hipóteses para quem vai estudar para fora da sua cidade e precisa de alojamento. A admissão nestes espaços é formalizada através da assinatura de um contrato de alojamento. Por norma, o módulo básico conta-se por períodos mensais, podendo, no entanto, em casos excecionais, ser considerados períodos inferiores.

Mas conte com regras restritas. Praticar jogos de azar ou outros de caráter ilícito, permitir a utilização dos seus quartos a colegas, amigos, familiares ou terceiros, fumar nos  espaços  fechados,  de  acordo  com  a  legislação  vigente, com  exceção  das  áreas  expressamente  autorizadas e  identificadas para o efeito, e respeitar o silêncio entre a meia-noite e as 8h são algumas regras a respeitar.

Ao mesmo tempo, conte com sanções. Por exemplo, na residência do Técnico se não respeitar a limpeza nos quartos terá de pagar cinco euros no caso de ser o primeiro incumprimento, mas sobe para 15 no segundo. No entanto, desrespeitar determinadas regras, como não respeitar as regras de silêncio, pode levar à expulsão. Uma situação praticamente semelhante ao que é exigido nas residências universitárias da Universidade de Lisboa.

 

Mais alternativas

A Uniplaces, plataforma online para alojamento de estudantes universitários, é uma das soluções para quem procura quartos e, de acordo com a empresa, esta alternativa é atrativa tanto para quem procura alojamento como para quem procura “rentabilizar os seus imóveis, aproveitando o forte crescimento que o mercado de arrendamento universitário tem assistido nos últimos anos”.

Para dar uma maior segurança, a plataforma lançou a Garantia Uniplaces, que pretende assegurar o valor da renda no caso de não ser paga. “Os senhorios beneficiam de maior estabilidade e segurança no arrendamento a estudantes universitários, já que este serviço lhes garante que não perderão dinheiro caso o estudante/inquilino decida sair antes da data estipulada na reserva”, revela a empresa.

Com esta modalidade, o pagamento da renda é assegurado até os senhorios encontrarem um novo inquilino. “A garantia cobre casos independentemente do valor em causa, durante o período da reserva que não for respeitado pelo inquilino, até um máximo de um ano”, revela a plataforma, acrescentando ainda que “a Uniplaces continua a pagar a renda de qualquer valor até um máximo de 12 meses depois de o estudante ter deixado o apartamento, caso o senhorio não tenha arranjado um outro inquilino para ocupar o espaço.”

Este serviço não se aplica no caso de falha de pagamento de renda, só se destinando a quem sair de casa por incapacidade financeira. Ainda assim, a empresa considera que esta situação de falta de pagamento é rara neste mundo do alojamento a estudantes. De acordo com a empresa, a explicação é simples: na maioria dos casos, a renda é paga pelos pais e, nos casos dos estudantes internacionais, a situação é ainda mais rara. “Muitas vezes, o alojamento é coberto por verbas estatais ou europeias, como a bolsa Erasmus (ou mesmo a bolsa da Uniplaces), e não há muitos pais que queiram arriscar ter os filhos a não sei quantos mil quilómetros de distância sem teto”, salienta.