Portugal surgiu ontem numa lista da Comissão Europeia sobre 26 países afetados pela distribuição de ovos contaminados no caso dos pesticidas, porém não parece haver caso para alarme. A garantia é da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) que apurou já que a transação que motivou a entrada de Portugal na lista das autoridades europeias foi realizada em Bruxelas e envolveu um empresário português.
Porém, os ovos nunca chegaram a Portugal. A fatura indica que o produto foi adquirido num “estabelecimento retalhista a 19 de agosto deste ano e faturado a uma empresa portuguesa de construção civil” mas, segundo o que a ASAE apurou ontem no terreno, a aquisição de géneros alimentícios, onde constavam 180 ovos sinalizados, tinha como objetivo o fornecimento de uma cantina da empresa portuguesa, situada na Bélgica, “não havendo assim qualquer entrada em Portugal do produto notificado”.
Segundo o comunicado do Ministério da Agricultura, em agosto, após ter sido tomado conhecimento da existência de ovos contaminados por Fipronil na União Europeia, as autoridades portuguesas desencadearam uma operação de fiscalização das explorações nacionais e de recolha de amostras para análise. Todos os resultados foram negativos. Os ovos consumidos em Portugal são essencialmente provenientes de produção nacional e de casca castanha. A contaminação foi detetada em ovos de casca branca, produzidos e comercializados por outros Estados Membros da União Europeia.
