Os ventos do Irma intensificaram-se de tal maneira esta terça-feira que o furacão passou para a categoria 5 – a mais perigosa e forte que existe – e ao início da noite parecia ser já a mais poderosa tempestade no Oceano Atlântico desde 1980.
A apenas algumas horas de atingir o Porto Rico e as Ilhas Virgem Britânicas – algo que deve acontecer ao início da tarde local de quarta-feira –, os ventos do furacão Irma rondavam uma velocidade de quase 300 quilómetros por hora ao início da noite.
Só há registo de um furacão mais poderoso: o Allen, em 1980, que atingiu os 305 quilómetros por hora e matou cerca de 270 pessoas pelo caminho, sobretudo no Haiti, que é de longe o país mais vulnerável a furacões e outros desastres naturais.
The eye of a category 5 hurricane. #Irma #GOES16 pic.twitter.com/eATVZspJZx
— NASA SPoRT (@NASA_SPoRT) September 5, 2017
O centro do Irma, aliás, parecia estar ainda a aquecer na terça-feira, o que pode causar ainda uma nova intensificação nos ventos. Já dezenas de voos foram cancelados nas Caraíbas e esta terça-feira começaram a ser decretadas evacuações obrigatórias na Florida.
Espera-se que o furacão mantenha a classificação de tempestade nível 5 ou 4 ao longo da trajetória pelas Caraíbas e em direção aos Estados Unidos. Como o furacão Harvey demonstrou na semana passada, porém, nem sempre um furacão de classe 4 é menos mortífero.
Ainda não se sabe que tipo de impacto terá o Irma nos países que lavrará nos próximos dias. É possível que os ventos se reduzam nos próximos dias, mas também é plausível que se mantenham na ordem dos 300 quilómetros por hora que se registavam esta terça.
Na quarta-feira o Irma deve atingir o Haiti, onde, em 2016, o furacão Matthew fez mais de 500 mortos com ventos mais brandos. A República Dominicana deve ser o alvo seguinte e, já na quinta-feira, Cuba. Os Estados Unidos só devem ser atingidos no domingo.