Emmanuel Macron, presidente francês, discursou em Atenas para pedir uma maior cooperação europeia baseada numa maior solidariedade, avisando que a "soberania, a democracia e a confiança estão em perigo" e que os cidadãos já não entendem o projeto europeu.
Neste sentido, Macron prometeu liderar a "reconstrução" da União Europeia ao reiterar o seu desejo de uma zona euro mais integrada com o seu próprio ministro das finanças, parlamento e orçamento para enfrentar as crises futuras. "A nossa geração pode escolher [fazer isto]… temos de encontrar forças para reconstruir a Europa", disse o presidente francês enquanto discursava no topo do monte Pnyx.
O líder francês também avisou que o projeto europeu se deve reinventar para se tornar "mais democrático" e mais do que "simplesmente cimeira após cimeira" de funcionários fechados em reuniões de crise. Macron também anunciou que nos próximos meses irá apresentar um plano para a reconsturção da União Europeia nos próximos meses.
O futuro das reformas da UE e da zona euro estarão em suspenso até às eleições alemãs de 24 de setembro e de qual será a solução governativa em Berlim.
O presidente francês procura posicionar-se como o líder europeu que pode restaurar a confiança no projeto europeu e avançar com a sua reforma, à semelhança do que defendeu durante a sua campanha para as presidenciais francesas em Maio ao prometer "restaurar a esperança e a confiança" dos franceses perante as instituições democráticas.
No entanto, se Macron era o depositário de enormes esperanças para muitos dos eleitores franceses, a verdade é que tem caído nas sondagens desde que foi eleito para o cargo político francês mais importante. A popularidade de Macron teve uma queda abrupta para níveis históricos, se comparada com o período homólogo dos seus antecessores.