O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está à beira de chegar a um acordo com os democratas sobre o programa federal Deferred Action for Childhood Arrival (DACA), depois de ter terminado com o programa na semana passada.
Porém, as negociações e os termos do dito acordo estão envoltos em polémica e contradições. Esta quarta-feira à noite, os democratas Chuck Schumer e Nancy Pelosi, que tinham negociado com Trump ao jantar, anunciaram, para surpresa de muitos, ter chegado a um acordo com o presidente num plano para protegerem os 800 mil dreamers da deportação, excluindo a construção de um muro com o México.
Na manhã de ontem, Trump avançou que “a segurança massiva da fronteira teria de ser acordada em troca” desse plano, incluindo o muro, contradizendo os democratas. Sarah Kuchabee Sanders, assessora de imprensa da Casa Branca, também reagiu afirmando que “certamente não” tinha havido um acordo a excluir o muro.
Por sua vez, o porta-voz de Schumer veio a terreiro reforçar a versão dos democratas: Trump tinha dito que “iria continuar a pressionar pela construção do muro, mas não como parte deste acordo”. Schumer e Pelosi voltaram à carga com um comunicado conjunto assegurando que “tinham tido uma reunião muito produtiva na Casa Branca com o presidente. A discussão centrou-se no DACA. Concordámos em consagrar as proteções do DACA em lei rapidamente e em elaborar um pacote de segurança na fronteira, excluindo o muro”.
Ontem, e invertendo a sua versão inicial do acordado na reunião, Trump reconheceu que o acordo iria “incluir segurança massiva nas fronteiras. O muro virá depois”.