Vasco Ribeiro é o novo campeão nacional da Liga MEO Surf 2017. O surfista natural de Cascais, de 22 anos, conseguiu o seu quarto título nacional na Praia do Guincho, em Cascais, ao garantir o terceiro lugar no Bom Petisco Cascais Pro, quinta e última etapa da Liga deste ano ganha pelo duo cascalense Pedro Henrique e Camilla Kemp.
O campeão mundial de juniores em 2014 só dependia de si próprio para se sagrar novamente campeão nacional, igalando o recorde de Ruben González, e conseguir o wildcard para o MEO Rip Curl Pro Portugal, a etapa portuguesa do circuito mundial de surf da World Surf League (WSL) onde também marcará presença Frederico Morais – bastava-lhe alcançar as meias-finais, o que conseguiu ao derrotar o ex-campeão nacional Justin Mujica nos quartos-de-final. Acabaria por cair nas meias-finais, perante Miguel Blanco, mas o objetivo primordial estava atingido. “Estou muito contente. Como disse no início do ano, não era um dos meus objetivos principais, mas fazia parte, sobretudo quando anunciaram que o vencedor do título receberia o wildcard para o mundial em Peniche. Estou muito contente por ter alcançado este objetivo e agora é conseguir os outros! Comparando com o meu último título, em 2014, está mais difícil ganhar a Liga. De ano para ano, tem sido assim. Há mais surfistas, o nível está maior e há diferentes pessoas a ganhar etapas. Isto é óptimo para o surf português e para todos aqueles que estão a treinar e competir. Em Peniche, espero usufruir da experiência, divertir-me, dar o meu melhor dentro de água e dar alegrias a todos os portugueses”, referiu Vasco Ribeiro, campeão nacional em 2011, 2012 e 2014 e que agora sucede a Pedro Henrique.
O ex-campeão em título acabou por conquistar a sua segunda vitória na Liga em 2017 ao derrotar Miguel Blanco, surfista que na praia do Guincho garantiu a sua terceira presença consecutiva em finais de etapas da Liga MEO Surf 2017. Ao vencer esta etapa, Henrique garantiu o segundo lugar no ranking nacional, terminando em igualdade de pontos com Vasco Ribeiro, mas atrás deste de acordo com os critérios de desempate. “Esta é uma etapa muito especial para mim, por estar a competir em casa e ter a minha família na praia mas também por não ter patrocínio principal – é muito difícil para mim correr o circuito mundial, uma vez que é um circuito muito caro. Com esta vitória, ganho a hipótese de fazer as etapas no Havai. Estou muito contente. O título nacional é sempre muito disputado e o Vasco veio fazendo um ano muito bom, com várias vitórias. Sabia que ia ser difícil, mas fiz o meu papel de fazer o melhor possível na etapa e focar-me no meu resultado”, realçou o surfista de Cascais.
No circuito feminino, cujo título já estava entregue à bicampeã nacional Carol Henrique, a local Camilla Kemp, atual vice-campeã nacional, quis assegurar que terminava o ano uma vez mais na segunda posição do ranking. E conseguiu-o, vencendo uma final de poucas ondas contra Mafalda Lopes, uma das agradáveis surpresas da Liga MEO Surf 2017. “Foi um ano de altos e baixos, mas é sempre bom vencer em casa e terminar o ano com uma vitória”, indicou no fim da prova.