Esta tecnologia da Intel, que permite “decisões em tempo real para autonomia em condições citadinas” foi implementada na mais recentes carrinhas Chrysler Pacifica que estão a ser testadas pela Waymo, uma empresa da Alphabet, a casa-mãe da Google.
“Dado o ritmo da implementação da condução autónoma, a minha expetativa é que os filhos dos meus filhos nunca tenham de guiar um carro, considera o CEO da Intel.
“Esta é uma ideia espantosa: uma coisa que quase 90% dos norte-americanos faz todos os dias vai acabar daqui a uma geração”, acrescenta Brian Krzanich, 57 anos.
A condução autónoma implica hardware e software de elevada performance que permita aos carros interpretarem o que está a acontecer em seu redor e responder em tempo real.
A Intel, que tem alargado para além do fabrico de chips para computador, está empenhada em garantir que a sua tecnologia seja um motor dos sistemas de condução autónoma em todo o espectro de construtores automóveis.
No mês passado, um dia depois de ter fechado o negócio de 15 milhões de dólares para comprar a Mobileye, empresa israelita de tecnologia autónoma que se especializa em assistência à condução, a Intel anunciou que iria começar a disponibilizar os seus carros completamente autónomos no final do ano para serem testados na Europa, Israel e EUA.
Segundo a Intel, a sua frota terá mais de 100 veículos. “Construir carros e testá-los em condições reais fornece de imediato feedback e vai acelerar a entrega de tecnologias e soluções para automóveis altamente e completamente autónomos”, disse Amnon Shashua.
O co-fundador da Mobileye, que vai gerir a nova unidade da Intel, acrescenta, citado pela agência AFP, que “o objetivo é desenvolver tecnologia para veículos autónomos que possa ser empregue em qualquer lado”.
A maioria dos principais construtores mundiais e várias empresas de tecnologia têm estado a desenvolver esforços de condução autónoma nos últimos anos, argumentando que estes sistemas vão acabar com a maior dos acidentes rodoviários.