A Guardia Civil deteve 14 pessoas de altos cargos do governo autónomo da Catalunha, e estão a ser realizadas buscas nos departamentos de Economia, Exterior, Trabalho e Governação no quadro das investigações sobre o referendo.
Várias fontes judiciais avançaram à EFE que entre os 14 detidos, há dois da conselheira para a Economia, Josep Maria Jové, o secretário das Finanças, Josep Lluís Salvadó, o responsável pelo Centro de Telecomunicações e Tecnologias de Informação Josué Sallent Rivas e Xavir Puig Farré, do Gabinete dos Assuntos Sociais.
Outros detidos são Paul Furriol e Mercedes Martínez, ambos relacionados com o aluguer de um armazém onde, supostamente, se encontra “material eleitoral” , David Franco Martos, CCTI , David Palancad Serrano, do Gabinete de Assuntos Externos e Juan Manuel Gómez, do gabinete do Departamento de Economia e Finanças.
As autoridades procuravam documentação relativa ao referendo. O primeiro-ministro Mariano Rajoy questionado sobre a operação justificou que "logicamente o Estado tem de reagir".
O chefe do executivo acusa o governo regional de “ignorar a lei”. "Não há um Estado de direito no mundo que aceite o que estas pessoas estão a propor, foram advertidos, sabiam que o referendo não poderia ser realizado porque isso é liquidar a soberania nacional e o direito que têm todos os espanhóis de decidir o que querem para o seu país", acrescentou, citado pelo La Vanguardia.
Sublinhe-se que a coligação pró-independência que governa a Catalunha manifestou a intenção de realizar o referendo da independência a 1 de outubro, apesar da suspensão imposta pelo Tribunal Constitucional.