O Furacão Maria completou a travessia pelo Porto Rico ao fim da tarde desta quarta-feira, deixando a ilha e os seus mais de dois milhões de habitantes sem eletricidade. Os fortes ventos podem ter passado e o furacão caído para a categoria 3, mas o chefe dos serviços de emergência, Abner Gómez, avisa que o pior ainda está por vir com as inundações.
Para já é muito cedo para avaliar os estragos do furacão Maria no território norte-americano, que conseguiu passar quase incólume ao antecessor Irma, mas Gómez anunciou já que há indicações graves. “A informação que recebemos não é encorajadora”, disse o responsável, que, antes de o furacão atingir o território, disse que a destruição seria inevitável.
À volta de 500 abrigos governamentais receberam pessoas ao longo do dia, por vezes na ordem das centenas em cada localização (abrigaram-se à volta de 11 mil pessoas). À medida que o furacão atravessou a ilha, os ventos reduziram de intensidade. Apesar disso, as correntes não desceram para além dos 185 quilómetros por hora registados ao longo do dia.
O furacão atingiu o Porto Rico á volta das sete horas da manhã locais, arrastando-se pela ilha com lentidão, demorando mais de dez horas. As autoridades estão atentas às cheias, usualmente mais mortíferas que os ventos. “Isto é apenas o início”, disse esta quarta o governador do Porto Rico, Ricardo Rosselló, que já pediu a Donald Trump que convoque o estado de emergência.