O Furacão Maria atingiu com tanta gravidade a grelha elétrica de Porto Rico que a ilha está ainda sem energia e é possível que leve meses até que ela seja inteiramente restaurada.
O alerta foi dado esta quinta-feira pelo governador Ricardo Rossello, que classificou o Maria como “a mais devastadora tempestade num século” e não deu estimativas para quando os 3,5 milhões de habitantes na ilha podem esperar ter de volta eletricidade, já debilitada desde que o furacão Irma passou ao largo do território americano, há menos de um mês.
O Maria percorreu o território de Porto Rico ao longo de quarta-feira, vindo de um trajeto já destruidor pelas Caraíbas. Só esta quinta, porém, é que os porto-riquenhos deram conta da vastidão dos estragos, das divisões destruídas em casas mais frágeis, varandas caídas, árvores desenraizadas e, como se foi registando ao longo do dia, inundações em ruas um pouco por toda a ilha, já a braços com uma grave crise económica e de acumulação de dívida.
“O Irma poupou-nos, mas o Maria destruiu-nos”, dizia um habitante ontem ao “New York Times”.
Também esta quinta-feira se começava a revelar a destruição causada pelo segundo grande furacão nas Caraíbas em menos de um mês – esta quinta o Maria era uma tempestade de nível 3, muito menos perigosa mas ainda a caminho da República Dominicana.
O primeiro-ministro de Dominica anunciou esta quinta que o furacão causou 15 mortos na ilha e que 20 pessoas estão desaparecidas. O pequeno território parece ter sofrido os maiores estragos de entre os países afetados e até o seu primeiro-ministro, Roosevelt Skerrit, teve de ser resgatado.
“Tem sido brutal”, afirmou, citado pela BBC. “Nunca vimos tanta destruição.”