Congressista norte-americano condenado a prisão por sexting

O caso de Anthony Weiner reabriu o processo dos emails de Hillary Clintou e foi, segundo ela, o responsável pela sua derrota

O antigo congressista norte-americano Anthony Weiner foi esta segunda-feira condenado a cerca de dois anos de prisão por enviar fotografias pornográficas a uma menor de 15 anos e pedir-lhe que se despisse e se masturbasse durante uma videochamada. O caso que arruínou a carreira e o casamento de Weiner foi também, segundo Hillary Clinton, decisivo na sua derrota à Casa Branca.

"Eu tenho uma doença, mas não tenho uma desculpa", foi assim que Weiner se declarou culpado das acusações que enfrentava. O ex-congressista tentou evitar a prisão afirmando ser "um homem muito doente há muito tempo", mas o juiz decretou uma sentença de 21 meses de prisão para o democrata.

O advogado de Weiner ainda tentou acusar a rapariga de provocação, de interesse em obter material para poder escrever um livro e até de intenção de influenciar as eleições presidenciais. O juiz afirmou que os motivos da menor eram irrelevantes.

Foi por causa da investigação do caso de sexting de Anthony Weiner que o diretor do FBI James Comey encontrou os polémicos emails de Hillary Clinton e Huma Abedin. O ex-congressista era então casado com Huma Abedin, membro da equipa da candidata democrata à Casa Branca e muito próxima de Hillary Clinton. James Comey anunciou em outubro de 2016 que iria reabrir o processo de Clinton sobre o uso do computador privado para envio de comunicações oficiais enquanto era secretária de Estado.

Apesar do anúncio do FBI, dois dias antes das eleições, de que não existia nada de novo nos emails, Clinton culpa a forma como Comey tratou do assunto pela sua derrota e consequente eleição de Donald Trump.