Incêndio destrói provas do caso Maëlys

Um incêndio nas instalações da polícia de Grenoble destruiu várias provas secundárias

Um incêndio que deflagrou nas instalações da Polícia de Grenoble, em França, terá destruído várias provas secundárias referentes ao caso de Maëlys, a criança de nove anos, desaparecida a 27 de agosto, diz o France Soir.

As chamas destruíram cerca de 50 veículos na noite de quarta para quinta-feira, no entanto o Audi A3, que pertence ao principal suspeito do caso, ficou intacto.

"É um número muito pequeno de provas e provas secundárias que não tinham grande interesse para a investigação", disse Jean Yves Coquillat, o procurador da República encarregue do caso, à mesma publicação.

O fogo foi, mais tarde, reinvidicado por um site anarquista, que nada tem a haver com o caso. Através do seu site oficial, O grupo explicou que foi um “ato que fez parte de uma onda de ataques solidários com as pessoas que vão ser julgadas nos próximos dias”, numa referência ao julgamento de oito indivíduos suspeitos de terem incendiado um carro da polícia e de terem agredido dois agentes durante uma manifestação contra a Lei do trabalho.

O jornal francês Le Parisien teria noticiado que o veículo de Nordahl Lelandais, o único suspeito do caso do desaparecimento em França , foi ‘apanhado’ por um radar automático na noite do casamento, no entanto o procurador geral da República de Grenoble desmentiu a notícia.

As autoridades continuam a analisar o carro que se tem mostrado essencial na investigação do caso, e mais concretamente na hipótese de rapto.

Recorde-se que Nordahl Lelandais, um ex-militar de 34 anos, lavou o seu veículo logo após o desaparecimento da criança, tendo recorrido a produtos químicos, poucos comuns numa lavagem de rotina.