A força de segurança catalã vai começar já esta sexta-feira a encerrar os espaços para onde está marcado o referendo à independência, agendado unilateralmente e contra as ordens dos tribunais para este domingo, dia 1 de outubro.
A ordem foi transmitida pelo procurador-geral, José María Romero de Tejada, e comunicada esta terça-feira pelo major Josep Lluís Trapero aos agentes dos Mossos d’Esqudra, de quem se chegou a suspeitar, no início do movimento independentista, que pudessem alinhar com o governo regional.
A ordem é detalhada e o seu objetivo claro é que não se realize o voto ou se permita sequer grandes congregações de pessoas, afim de evitar “problemas posteriores de ordem pública”. Os agentes estão instruídos, se necessário, a montar um perímetro de segurança até a cem metros em redor do local.
Para edifícios grandes, a procuradoria-geral exige que os Mossos evitem “que se tente produzir a votação noutro lugar do mesmo estabelecimento ou nas suas imediações”, como citava esta terça o “La Vanguardia”.
Na caminhada final para um referendo que parece mais e mais impossível de realizar de forma abrangente, o presidente do governo espanhol deslocou-se a Washington para se encontrar com Donald Trump.
Numa conferência conjunta na Casa Branca, o presidente norte-americano disse que “seria uma loucura” para a Catalunha declarar independência de Espanha, mas declarou, ao contrário do que tem feito Mariano Rajoy, que “ninguém sabe se haverá ou não a votação”.
Rajoy, por seu turno, disse que o voto de domingo será uma manobra de “ruído” que “apenas gerará divisões e tensões”, e voltou a falar de um “referendo válido e democrático” para o futuro.