A derrota de Portugal por 3-2 com a Alemanha no Jamor foi um balde de água fria. Ainda não é desta que o ténis nacional ascende ao Grupo Mundial da Taça Davis.
Teria sido o momento mais importante da nossa história na modalidade. Mais relevante do que qualquer vitória individual no ATP World Tour ou no circuito WTA, por ser um esforço coletivo.
Fica para outras calendas mas, à semelhança do selecionador nacional, Nuno Marques, estou convencido de que não levaremos mais 23 anos até estarmos de novo num play-off de acesso à primeira divisão do ténis mundial masculino.
O exemplo de João Sousa tem feito acreditar outros jogadores, alguns da sua geração, mas também mais jovens como Nuno Borges, João Monteiro, Gonçalo Oliveira e João Domingues, que têm vindo a crescer todos os meses e a quebrar recordes pessoais no ranking ATP.
Os 30 torneios internacionais que os clubes e a FPT estão a organizar em solo nacional também estão a ajudar – e muito – nesta subida do nosso nível médio.
Pela primeira vez uma seleção nacional da Taça Davis contou com quatro jogadores classificados entre os 200 primeiros do ranking mundial. Este ano já tínhamos tido uma equipa com dois top-100 e deveremos voltar a tê-la proximamente com a entrada inédita de Pedro Sousa nessa elite, não sendo inimaginável acreditar que Gastão Elias possa regressar aos 100 primeiros, donde João Sousa é agora um cliente assíduo há alguns anos.
A Alemanha, mesmo com uma segunda linha, mereceu ganhar, mas Portugal está cada vez mais perto.