Depois de muita polémica, o Barcelona-Las Palmas acabou mesmo por realizar-se, mas à porta fechada. A decisão partiu da direção do clube catalão, em protesto pela recusa da Federação espanhola em adiar o encontro – o que havia sido requerido pelo Barça na sequência dos incidentes ocorridos nas ruas catalãs relacionados com o referendo para a independência da região.
Uma decisão, refira-se, muito contestada dentro do próprio clube – e que motivou mesmo a demissão de dois vice-presidentes: Carles Villarrubí e Jordi Monés, que defendiam a não realização do jogo. No fim, o presidente Josep María Bartomeu explicou que o Barça só foi a jogo para não incorrer num castigo que iria significar uma perda de seis pontos: três pela derrota administrativa e mais três por castigo.
O Barcelona apresentou-se em campo com o terceiro equipamento, inspirado na bandeira da Catalunha, mas acabou por ter de jogar com o equipamento normal, dadas as semelhanças com as camisolas do Las Palmas – que se apresentou com um emblema… de Espanha no seu equipamento. O encontro terminou com um triunfo claro dos blaugrana: 3-0, naquela que foi a sétima vitória em outros tantos jogos na Liga espanhola.
Os golos chegaram na segunda parte. O primeiro foi apontado por Busquets, catalão de gema, aos 59 minutos, após canto de Messi. Depois, seria o astro argentino a assumir mais uma vez o papel de protagonista: bisou aos 70’ e aos 77’, tornando-se assim no primeiro jogador do Barcelona a marcar 11 golos nas sete primeiras jornadas da Liga desde César, em 1950.
O Barcelona segue isolado na frente do campeonato, com mais cinco pontos que o Sevilha e seis que o Atlético de Madrid.