O presidente do governo autonómico catalão, Carles Puidgemont, pediu ajuda internacional para resolver a disputa independentista entre o seu governo e o governo central espanhol. Puidgemont afirmou que a Europa não pode continuar a ignorar o assunto depois de quase 900 feridos em resultado da repressão das forças policiais para evitar a realização do referendo.
"A Comissão Europeia deve incentivar a mediação internacional", disse o presidente catalão. "Não se pode continuar a olhar para o outro lado", asseverou.
Nas últimas semanas a União Europeia remeteu-se ao silêncio, mas parece tê-lo quebrado hoje com um comunicado. Neste podia-se ler que "a violência não pode nunca ser um instrumento na política. Confiamos na liderança do primeiro-ministro Mariano Rajoy para gerir este díficil processo em total acordo com a Constituição espanhola e com os direitos fundamentais dos cidadãos".
Porém, a operação policial de ontem foi severamente criticada pelo Alto Comissário dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Zeid Ra'ad al-Hussein. Este adisse ter ficado "muito perturbado" com a violência na Catalunha e apelou "às autoridades espanholas para investigarem por via de uma investigação minuciosa, independente e imparcial todos os atos de violência". Hussein pediu ainda ao governo espanhol para aceitar imediatamente a entrada de observadores de direitos humanos das Nações Unidas.
Parlamento Europeu reune-se de emergência para debater a Catalunha
A instituição europeia vai realizar esta quarta-feira uma reunião de emergência para abordar a situação na Catalunha, anunciou Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu.