Uma emboscada no deserto por um alegado grupo rebelde islamista egípcio matou pelo menos 50 militares este domingo. Nenhuma organização reivindicou o ataque às forças de segurança e a emboscada, que ocorreu durante uma operação no deserto do oeste, deu-se longe dos locais de tensão islamista mais elevada.
O número de mortos está também em disputa. A BBC avançava este domingo que morreram 53 militares egípcios, mas os números das autoridades são inferiores. Os meios de comunicação também avançam valores incertos. Na emboscada morreram também 15 militantes, segundo disseram fontes governamentais à emissora britânica.
A emboscada ocorreu quando elementos das forças de segurança egípcias se dirigiam para o que supunham ser um esconderijo de militatantes islamistas. A caminho do local, que foi transmitido por denúncia e estava numa zona montanhosa, segundo a BBC, a coluna de miltiares foi atacada com espingardas automáticas e lança-granadas.
O facto de os militantes islamistas conhecerem bem o terreno – ao contrário das forças de segurança egípcias – parece estar por detrás do grande número de mortos. Os militares ficaram encurralados e não conseguiram chamar reforços devido às quebras nos meios de comunicação que ocorrem no deserto ocidental.
O Egito combate há vários anos e com consequências sangrentas os islamistas do norte do Sinai, na zona próxima à fronteira com a Faixa de Gaza e Israel. O conflito nasceu do golpe do atual presidente Abdel Fattah el-Sisi contra o líder apoiado pela Irmandade Muçulmana, Hosni Mubarak, o primeiro presidente egípcio eleito democraticamente.
Mas o ataque deste domingo ocorreu a centenas de quilómetros da região disputada e as notícias que inicialmente atribuíam culpa ao grupo Hasm, um movimento islamista de pequenas dimensões, estavam erradas. A emboscada ocorreu no Oasis Bahariya, segundo o Ministério do Interior egípcio.