Durante o jogo entre a Lazio e o Cagliari, que decorreu no fim de semana passado, um grupo de adeptos da equipa do Lazio distribuiu autocolantes com a fotografia de Anne Frank a usar uma camisola de Roma, sendo que no verso de cada autocolante era possível ler-se “Anne Frank anima a Roma”.
Rapidamente esta atitude passou para as redes sociais e chegou até às entidades responsáveis pelas competições de futebol em Itália. A Federação de Futebol Italiana (FFI) já abriu uma investigação que poderá ter graves consequências para o Lazio, que já não é a primeira vez que tem episódio deste género e decretou ainda que será feito um minuto de silêncio no início de todos sos jogos da primeira, segunda e terceira divisão para se ouvir um excerto do Diário de Anne Frank.
Segundo Luca Lotti, ministro italiano do Desporto, e a União das comunidades judaicas italianas este gesto teve por base continuar a “cultivar a memória do holocausto”.
O antigo primeiro-ministro, Matteo Renzi, utilizou o Facebook para se pronunciar sobre o assunto.
O presidente do clube anunciou que irá enviar, por ano, 200 jovens adeptos ao antigo campo de concentração de Auschwitz, construído pela Alemanha Nazi quando ocupou a Polónia. O treinador também se mostrou incomodado, classificando o ato como muito provocativo.
O presidente italino, Sergio Mattarella, num comunicado disse que esta situação era inumana, apelando para que os responsáveis fossem excluídos definitivamente dos estádios.
Todo muy piola con los ultras de Lazio, que le metieron la camiseta de la Roma a una foto de Anna Frank. Hay gente que no entiende nada. pic.twitter.com/DTAxZpCdQr
— Jorge A. Rodríguez (@eljorge_17) 24 de outubro de 2017