O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, afirma-se disponível para ensinar matérias da formação em ética destinada a dirigentes desportivos, sugestão dada pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, que foi ouvido quarta-feira no Parlamento.
Na audiência, Fernando Gomes propunha um curso de formação para todos os dirigentes desportivos que se sentam no banco em competições nacionais., referindo-se ao clima de “ódio” e à troca de galhardetes entre responsáveis de clubes e à troca de acusações sobre arbitragem.
“Eu sou um defensor de cursos de ética para os dirigentes que precisem. Felizmente, tive um pai e uma mãe que me deram educação, princípios e valores e, por isso, se quiserem posso dar algumas cadeiras do mesmo”, escreveu Bruno Carvalho no Facebook.
Mas o presidente leonino vai ainda mais longe na ironia, ao recomendar que o curso não seja apenas para dirigentes que se sentam nos bancos de suplentes, mas para “todos os que se sentam na cadeira do poder, faz décadas, com cheiro a mofo, obsoletos, sem credibilização nenhuma junto dos adeptos e que teimam em fazer fogo-de-artifício e mandar areia para os olhos das pessoas, mas nada fazem para mudar de vez o futebol português e, com isso, contribui-se para a sua modernização, credibilização e dignificação”.
Por fim, Bruno de Carvalho remata: “Fica o aviso de que Portugal já não é dos espertos, é dos inteligentes e, para tristeza de muitos, os portugueses já abriram os olhos faz tempo e já não vão em truques da ‘velha guarda’ que se agarra e arrasta no poder”.