"A Condé Nast não quer voltar a trabalhar com o fotógrafo Terry Richardson. Quaisquer sessões que tenham sido encomendadas ou que já tenham sido concluídas mas ainda não tenham sido publicadas devem ser abortadas e substituídas por outro material", cita o Daily Telegraph a partir de um email enviado por James Woolhouse, CEO da companhia.
A mensagem pede aos destinatários para que a decisão tenha "efeitos imediatos". No domingo, o Sunday Times publicou um artigo em que chamava a Terry Richardson o "Harvey Weinstein da moda", referindo diversos casos de assédio e abuso.
Richardson é conhecido pela linguagem sexual das suas produções e é acusado "de colocar as modelos das suas sessões em situações desconfortáveis ou abusivas, sem consentimento". Na sexta-feira, o fotógrafo publicou uma mensagem no Huffington Post.
"Colaborei com mulheres adultas, que deram o seu consentimento e tinham perfeita noção da natureza do seu trabalho, e que assinaram contratos. Nunca usei uma proposta de trabalho ou a ameaça de uma recusa para obrigar alguém a fazer algo que não queria. Trato toda a gente com quem trabalho com respeito e vejo-as como capazes de tomarem as suas decisões, pelo que tem sido complicado ver-me como um alvo desta história revisionista", defendeu.
Nem Terry Richardson nem a Condé Nast comentaram a notícia avançada pelo Daily Telegraph.