Durante anos Bill Gates foi mundialmente conhecido como o homem mais rico do mundo, mas, agora, foi ultrapassado pelo diretor executivo e dono da Amazon, Jeff Bezos.
Ao final da passada quinta-feira, a direção da empresa anunciou, no seu relatório semestral, ganhos significativos, nomeadamente de 43,7 mil milhões de dólares, bem acima dos 42,1 mil milhões esperados. Na manhã de sexta-feira as ações da Amazon subiram uns extraordinários 8%, adicionando cerca de 7 mil milhões de dólares à fortuna pessoal de Bezos.
A revista norte-americana "Forbes" calcula todos os anos as 400 pessoas mais ricas do mundo. Na classificação de 2017, Bozes ficou em segundo lugar, possuindo uma fortuna pessoal menor do que a de Bill Gates em cerca de 7,5 mil milhões de dólares.
Bezos entrou pela primeira vez para a classificação da "Forbes" em 1998, um ano depois da Amazon ter sido lançada.
Riqueza concentrada
A riqueza acumulada pelo 1% da população mundial mais rica equivaleu pela primeira vez, em 2016, com os restantes 99% da população mundial, segundo um estudo da Oxfam de 2016.
Esse mesmo estudo afirma que as 62 pessoas mais ricas do mundo têm uma riqueza que equivale à da metade mais pobre da população global.
"Ao invés de uma economia que trabalha para a prosperidade de todos, para as gerações futuras e pelo planeta, o que temos é uma economia (que trabalha) para o 1%", pode ler-se no estudo.
A Oxfam analisou a tendência de concentração de riqueza e concluiu que esta se tem acentuado. A riqueza dos 1% tem aumentado a cada ano que passa desde 2009, enquanto os restantes 99% têm visto a sua quota de riqueza mundial reduzir-se consecutivamente.
Contudo, a organização advertiu ainda que as suas estimativas sobre a proporção de riqueza dos 10% mais pobres e dos 1% mais ricos "podem estar subestimadas".