Está no mesmo sítio, mantém o mesmo nome e até alguns dos pratos do menu são os mesmos de há trinta anos. Mas fiquemo-nos por aqui na semelhanças com o antigamente, até porque o Vela latina conjuga-se agora no futuro.
Depois de três meses fechado para obras, o mítico restaurante lisboeta reabriu com um toque colonial, que se nota nas plantas espalhadas pelos diferentes espaços, os quadros com animais selvagens e os candeeiros baixos e com a luz no ponto certo para dar a sensação de que a selva invadiu a nossa sala de jantar. “Como estamos rodeados por jardins no exterior, resolvi trazer esse ambiente para dentro da sala”, explica Salvador Machaz, herdeiro do Vela Latina, que tinha como objetivo reiventar o clássico.
No período de obras de renovação, o site do Vela Latina citava o escritor e músico brasileiro Chico Buarque: “As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas não mudem”. E aqui o desafio era complexo: manter os clientes de sempre e conseguir tornar o espaço atrativo para um público mais jovem.
A decoração está mais arrojada, há um bar à entrada e um restaurante complementar – o Nikkei – dedicado à cozinha peruana de influ~encia japonesa, onde se espera uma degustação de ceviches, tártaros e tiraditos.
Já na carta do Vela Latina, notam-se mudanças e acrescentos, mas nota-se igualmente o cuidado em manter os clásicos que, aliás, vêm assinalados com um asterisco. São eles a salada de lavagante com espargos, filetes de pescada com risotto de alcachofras e arroz de coentros e lagosta.
O Yacht Club, a sala privada que sempre foi um ícone do restaurante Vela Latina, também se mantém. Foi renovada, pode ser reservada para grupos e recebe pratos de ambos os restaurantes.
Vela Latina
Doca do Bom Sucesso, Belém, Lisboa
De segunda a quinta e domingo: 12h00 às 23h00
Sexta-feira e sábado: 12h00 às 02h00 (cozinha até às 23h00)