O Genk, um dos maiores clubes do futebol belga, decidiu recomendar aos seus jogadores a utilização de uma pulseira eletrónica, de modo a monitorizar a sua atividade física durante as 24 horas do dia. Os dispositivos, com o nome de Whoop, custam 500 euros e são controlados através de uma aplicação.
A medida, todavia, não agradou a todos os atletas. "Sinto-me como um preso", afirmou um jogador (sob anonimato) ao jornal "Het Laatste Nieuws", com outro a acrescentar: "No clube sabem até quando tenho relações sexuais. É um atentado à nossa vida privada." O capitão, Thomas Buffel, rejeitou mesmo usar a pulseira e a Agência Belga para a Proteção de Dados considera que está no seu pleno direito: "Não se pode obrigar um jogador a usar a pulseira. Quem não a usa não pode ser sancionado."
A polémica criada por esta decisão do treinador Albert Stuivenberg levou a direção do Genk a esclarecer as condições da medida, garantindo que a mesma é opcional: "A pulseira é uma ferramenta de trabalho, que permite medir a frequência cardíaca, a recuperação ou o sono de modo a determinar a intensidade de cada treino individualmente. Não existe obrigatoriedade de a utilizar."
Genk players have to wear a Whoop wristband, that tracks all their activities 24h a day. Some think it intrudes their privacy. ( @D_Boy85) pic.twitter.com/MNYevPVDHU
— Kristof Terreur (@HLNinEngeland) 19 de outubro de 2017