"Na reunião do Conselho Permanente de hoje foi deliberado converter em processo disciplinar o inquérito aberto para recolha de elementos quanto à intervenção do juiz Nuno Tomás Cardoso no processo eleitoral do município de Oeiras", informa, em comunicado, o Conselho Superior da Magistratura.
No dia 9 de agosto, o CSM já tinha anunciado a abertura de um inquérito sobre a relação do juíz e o também na altura candidato, Paulo Vistas.
De acordo com Isaltino Morais, que acabou por vencer as eleições autárquicas deste ano, a imparcialidade do juiz para apreciar a sua candidatura foi posta em causa pelo simples facto de este ser padrinho de casamento de Paulo Vistas.
Vistas foi vice-presidente de Isaltino Morais, venceu as autárquicas de 2013, e agora nas últimas eleições, voltou a recandidatar-se, ficando em segundo lugar.
No entanto, a 10 de agosto, Isaltino Morais avançou com uma reclamação no Tribunal de Oeiras, após ter sido rejeitada a sua candidatura. O tribunal acabou por aceitar a sua candidatura, depois de ter contestado a decisão do juíz Nuno Cardoso.