A História de Anne Frank é mundialmente conhecida, mas 75 anos depois ainda se desconhece quem informou os nazis sobre o seu paradeiro e da sua família. A polícia holandesa investigou por duas vezes, em 1948 e 1963, o caso, mas não conseguiu identificar o informador.
Ainda assim, Vince Pankoke, ex-agente do FBI norte-americano com 59 anos, decidiu reunir uma equipa de especialistas forenses para investigar quem foi o/a responsável pela captura de Anne Frank e, indirectamente, responsável pela sua morte nos campos de concentração nazis em fevereiro de 1945.
"Vamos colocar um foco especial nas novas pistas", disse Pankoke ao jornal norte-americano "New York Times". "Precisamos de verificar as histórias à medida que elas aparecem, e sabemos que isso levará a uma investigação mais aprofundada", explicou.
O ex-agente pretende utilizar novas técnicas e tecnologias na investigação, como contabilidade forense, engenharia de multidões, ciências comportamentais e reconstrução de testemunhos. Por exemplo, a equipa forense encontra-se a desenvolver uma análise tridimensional da casa original e a usar modelos computadorizados para determinar até onde os sons podem ter viajado. Estas técnicas permitirão aos especialistas analisarem velhas provas sob uma nova perspetiva.
Os últimos dois anos de vida de Anne Frank, em que se manteve fechada no sótão da casa de amigos da família e onde pôde escrever o seu diário, são muito conhecidos, mas os acontecimentos em torno da rusga no dia 4 de agosto de 1944 são pouco discutidos.
Antes da ocupação nazi da Holanda, o país tinha uma população judaica de 108 mil pessoas, mas no final da II Guerra Mundial restavam apenas cerca de 5500 judeus.