Go Europe. De Lisboa a Talin para uma Europa mais unida

Arranca amanhã, em Lisboa, uma caminhada que só termina daqui a um ano em Talin. Tudo em nome de uma Europa sem fronteiras

Carsten Witt tem 76 anos e memórias de uma infância passada ainda durante a ii Guerra Mundial. Numa Europa dividida, viu o pai morrer em combate e a mãe criar a família com dificuldade. Mas é o que aconteceu depois que sempre prendeu a sua atenção

A partir de certa altura, a Europa começou a unir-se até chegar à União Europeia que temos hoje. É essa união que quer que seja para sempre e para isso está disposto a cumprir um sonho antigo: percorrer a Europa a pé, num ato simbólico que vem provar que, afinal, somos um só.

A viagem começa amanhã em Lisboa e termina daqui a um ano, em Talin. Consigo leva um dos filhos, enquanto o outro faz o percurso de bicicleta. Mas este está longe de ser um projeto familiar. A ideia é que, pelo caminho, falem sobre as vantagens de uma Europa unida, ouçam os problemas de quem os tem e sugira formas de melhorar as condições de cada país.

São mais de cinco mil quilómetros e 365 dias para ligar o extremo ocidental até um dos símbolos da velha Europa, numa caminhada que faz de Talin um fim quando, na verdade, é lá que tudo vai começar. 

Numa das suas viagens, Carsten deparou-se com a prisão de Patarei, no centro da capital da Estónia, e decidiu que era ali que o seu projeto se iria perpetuar. Engenheiro civil de formação, idealizou naquele edifício abandonado e com uma forte carga histórica um centro comunitário europeu, com espaço para congressos e encontros, aberto a jovens, estudantes e a todos os que estejam interessados em debater a Europa.