Dois irmãos gémeos tinham 50 por centro de hipóteses de morrerem esrangulados um pelo outro no útero. Mas um simples abraço acabou por salvar-lhes a vida.
Vicky Plowright, de 30 anos, ficou a saber às 10 semanas de gravidez que os seus filhos eram monoamnióticos – ou seja, partilhavam o mesmo saco amniótico. Os médicos explicaram a Vicky que isto podia fazer com que os cordões umbilicais se emaranhassem, interrompendo a passagem de oxigénio e, consequentemente, provocando a morte dos gémeos.
“Fiquei devastada. Os médicos explicaram que os bebés tinham um alto risco – cerca de 50 por cento – de não sobreviver”, recordou a mulher britânica ao jornal Independent.
Tudo mudou às 12 semanas de gravidez, quando os scans mostraram que os gémeos estavam abraçados – este gesto acabou por lhes salvar a vida.
“Para nosso espanto, às 12 semanas, percebemos que eles estavam aninhados um no outro e a dar as mãos. Estavam a manter-se vivos com aquele abraço – ficaram imóveis naquela posição, fazendo com que os cordões umbilicais não se enrrolassem”, explicou Vicky.
A mulher, enfermeira de profissão, era vista por especialistas de 15 em 15 dias. Às 13 semanas, os cordões umbilicais acabaram mesmo por se emaranhar um pouco, mas os gémeos ‘reagiram’ – aproximaram-se ainda mais e mantiveram-se quietos, abraçados, tornando mais difícil a formação de um nó entre os cordões.
Às 32 semanas, os médicos decidiram provocar o parto – um dos gémeos não estava a crescer por falta de espaço no útero. Assim, os irmãos nasceram a 22 de dezembro de 2015 – Reuben às 11h22 e Theo um minuto depois. “Nasceram os dois a gritar”, recorda Vicky. Agora, com 22 meses, os irmãos continuam muito próximos: “Eles são melhores amigos. Antes mesmo de conhecerem o mundo, conheciam-se um ao outro. Cresceram juntos num espaço pequeno e sabem que têm uma ligação especial que os irá uni para o resto das suas vidas”.