A empresa de segurança PSG anunciou esta tarde, em comunicado, que vai deixar de exercer os seus serviços no negócio da 'indústria da noite'.
Depois dos acontecimentos da passada madrugada de quarta-feira à porta da discoteca lisboeta, Urban Beach, que levou à detenção de três dos seus funcionários, a PSG publicou o comunicado onde revela que irá "cessar todos os contratos referentes a estabelecimentos de diversão noturna"
Recorde-se que dois dos seguranças detidos estão em prisão preventiva
Veja o comunicado na integra:
Na sequência dos factos ocorridos no passado dia 01 de Novembro, no estabelecimento denominado “K Urban Beach”, em Lisboa, a PSG -SEGURANÇA PRIVADA S.A, após ter lamentado e repudiado de forma veemente os factos ocorridos, quando deles teve conhecimento, nos últimos dias tem optado por manter o silêncio, apenas para permitir que os órgãos de policia criminal e demais entidades responsáveis possam realizar o seu trabalho, sem qualquer tipo de interferência, colaborando ativamente em tudo o que lhe foi solicitado.
Ao ter tomado conhecimento dos factos, a PSG instaurou de imediato os necessários processos disciplinares e suspendeu preventivamente os trabalhadores envolvidos no incidente, enquanto decorre o processo disciplinar, para aplicação das sanções disciplinares que se mostram necessárias, cumprindo a legislação laboral nesta matéria, na qualidade de entidade patronal dos autores dos factos.
No entanto, neste momento, apesar de entender que constitui obrigação dos órgãos de comunicação social informar e alertar a comunidade para a gravidade da situação, e a necessidade de serem tomadas medidas que sejam aptas a impedir este tipo de comportamentos, não pode a PSG deixar de repudiar a constante ligação que tem vindo a ser feita entre os acontecimentos e a atividade desta sociedade.
A PSG é uma empresa de segurança privada, com 10 (dez) anos de existência no mercado, devidamente licenciada e certificada, que emprega perto de 1000 (mil) trabalhadores, distribuídos por centenas de postos de trabalho sendo, consequentemente, responsável socialmente pelo seu bem-estar e das suas famílias.
Ao contrário do que tem vindo a ser divulgado nos meios de comunicação social, a atividade da PSG não se enquadra exclusivamente nem maioritariamente na segurança de estabelecimentos de diversão noturna. Muito pelo contrário, esta área de atuação representa cerca de 3% do volume de negócio da empresa, sendo que os restantes 97% respeitam a clientes institucionais, públicos e privados, com relações contratuais duradouras, com os quais a PSG manteve, mantém e pretende manter uma relação de confiança e rigor, que corresponda ao reconhecimento da qualidade dos serviços por si prestados.
Pelo respeito que merecem os seus clientes institucionais, públicos e privados, que confiam, para a proteção de pessoas e bens, na qualidade e formação dos serviços prestados pelos seus trabalhadores, a PSG bem como os restantes trabalhadores, não se revê, de forma alguma, nos atos praticados no passado dia 01 de novembro, sendo os mesmos completamente contrários aos valores, princípios, normas e diretivas da empresa.
Por ter plena consciência da gravidade dos factos ocorridos e por respeito à sua equipa de colaboradores, aos seus clientes, bem como ao público em geral, a Administração da PSG, dentro da responsabilidade social que lhe cabe, deliberou que irá cessar todos os contratos referentes a estabelecimentos de diversão noturna, com a finalidade de se distanciar de situações semelhantes, já que malogradamente, não conseguiu evitar as ocorridas.