Este ano foi, de facto, o pior de sempre: arderam 442.418 hectares de floresta em Portugal, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). O número fica aquém daquele que o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) tinha previsto: mais de 563 mil hectares.
Segundo o mais recente relatório do ICNF, referente ao período entre 1 de janeiro e 31 de outubro, foram os fogos de outubro que queimaram mais floresta – 223.901 hectares, mais de metade da área ardida total.
Cerca de 93% do total da área ardida desapareceu com grandes incêndios – aqueles em que ardem pelo menos 100 hectares -, o que corresponde a 412.781 hectares, desaparecidos em 214 fogos.
No mesmo documento, lê-se que foi o distrito de Coimbra o mais afetado – perdeu 113.839 hectares de floresta, um quarto do que ardeu a nível nacional.
A Mata Nacional de Leiria foi a maior superfície ardida – 9.476 hectares, o que corresponde a 86% do total da mata.
Uma vez que se mantém o elevado risco de incêndios florestais e que, segundo as previsões meteorológicas, a chuva tarda em chegar, o dispositivo de combate a incêndios foi prolongado até ao dia 15 de novembro.
Até agora, este ano os incêndios provocaram mais de 100 mortos e mais de 300 feridos em Portugal.