Há doze anos que uma equipa campeã mundial não ficava fora da fase final. A última seleção tinha sido o Uruguai em 2006.
A eliminação aos pés da Suécia está a gerar um autêntico tumulto. Sucedem-se as reações e os relatos da má relação entre Ventura e os jogadores.
Alegadamente, estes já tinham confrontado o selecionador a estratégia e a equipa inicial no jogo da primeira-mão que ditou a derrota da Itália por 1-0. Giacomo Ventura terá ameaçado com a demissão imediata mas recuou na intenção.
Do jogo, ficam as imagens da recusa em Daniele De Rossi aquecer. “Temos que ganhar o jogo! Entro eu? Temos de vencer, não podemos empatar. Mete o Insigne”, disse o médio ao selecionador.
Ato contínuo, De Rossi, Barzagli e Buffon abandonaram a seleção. As lágrimas do guarda-redes no final são a imagem marcante da eliminação da squadra azurra.
O central Paolo Cannavaro, irmão do Fabio e jogador do Sassuolo, teceu duras críticas ao modo como o futebol italiano tem sido gerido nos últimos anos e aponta falhas sucessivas para o desfecho da última noite.
"Perdemos o Mundial há 15 anos quando, graças à lei do trabalho, chegaram a Itália muitos jogadores de todo o mundo que tiraram o lugar aos nossos jovens. Demos-lhe dinheiro, glória e formação graças aos nossos técnicos italianos", contestou nas redes sociais.
"Espero que hoje, ao termos tocado no fundo, possamos refundar o nosso futebol. Que se vão as múmias que gerem o futebol italiano e demos espaço aos jovens em campo", continuou.
"Honra ao grande Buffon, que perdeu a oportunidade de ser o único jogador em seis mundiais e, mesmo assim, deu a cara. Que as tuas lágrimas sejam as últimas do nosso futebol", finalizou o defesa.