De acordo com vários relatos, quatro tanques foram vistos a dirigirem-se para a capital do Zimbabué, Harare, esta terça-feira, um dia depois do chefe das Forças Armadas, Constantino Chiwenga, ter afirmado estar preparado para "intervir" para terminar com a purga contra os apoiantes do vice-presidente, Emerson Mnangagwa, despedido na semana passada.
Os tanques dirigiam-se ao palácio presidencial, localizado num subúrbio chamado Dzivarasekwa, na periferia da capital, segundo testemunhas ouvidas pela agência Reuters. "Haviam cerca de quatro tanques e eles viraram aqui, pode ver as marcas na estrada", disse uma testemunha enquanto apontava para uma estrada que vai ter ao às instalações da Guarda Presidencial, onde se localiza o batalhão de militares que protege o presidente".
Outras testemunhas afirmam ter visto mais dois tanques estacionados a 14 km da capital, na estrada principal que liga Harare a Chinhoyi.
Os membros do executivo não puderam ser contatados para prestarem esclarecimentos.
Na segunda-feira passada, o chefe das Forças Armadas ameaçou publicamente intervir politicamente para terminar com as purgas contra uma parte do próprio executivo. "Devemos lembrar aqueles que estão por detrás dos atuais traidores que, quando se trata de proteger a revolução, os militares não hesitarão em intervir", leu Chiwenga aos jornalistas numa conferência de imprensa.