A Comissão Europeia anunciou um plano de ação para acabar com a disparidade salarial masculina/feminina , que deverá estar aplicado até ao final do seu mandato, em 2019. O plano prevê o respeito pelo princípio da igualdade salarial, avaliando a possibilidade de alterar a diretiva (lei europeia) sobre a igualdade de género.
A disparidade salarial poderá ser ainda maior caso se tenha em atenção que as mulheres têm um salário por hora mais baixo, menos horas de trabalho em empregos pagos e que as taxas de emprego feminino são mais baixas.
Nesta situação, em 2014, a disparidade chegava aos 26,1% na UE e em Portugal atingia quase 40% (39,6%).
"As mulheres continuam a estar sub-representadas nos cargos de chefia, tanto na política como nas empresas", disse a comissária Justiça, Consumidores e Igualdade de Género.
"As disparidades salariais entre homens e mulheres devem acabar porque a independência económica das mulheres é a sua melhor proteção contra a violência", acrescentou Vera Jourová.
Bruxelas quer ainda reduzir o efeito penalizante dos cuidados familiares, apelando ao Parlamento Europeu e aos Estados-membros que adotem rapidamente a proposta de diretiva relativa à conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, de abril de 2017.