Charles Manson, um dos mais terríveis serial killers da história dos Estados Unidos, morreu no domingo à noite, aos 83 anos. No entanto, muitos membros da ‘Família Manson’, grupo que se dedicou aos homicídios ordenados pelo seu líder, no final da década de 60, continuam encarcerados em vários estabelecimentos norte-americanos.
O caso mais mediático foi o da morte da mulher do realizador Roman Polanski, a atriz Sharon Tate, que estava grávida de oito meses e meio. A 9 de agosto de 1969, quando Polanski estava fora do país, a ‘família Manson’ matou Tate, o conhecido hairstylist Jay Sebring, a socialite Abigal Folger, o escritor Wojciech Frykowski e Steven Parent, amigo de um dos empregados da família de Polanski.
Na noite seguinte, os seguidores de Charles Manson – que tinha como objetivo começar uma guerra racial, esperando que os crimes cometidos fossem imputados a membros do Partido dos Panteras Negras, uma organização ligada à defesa dos direitos da comunidade afro-americana – mataram o casal Leno LaBianca e a sua mulher Rosemary, que estavam a descansar tranquilamente em casa quando se deu o ataque.
Manson não participou nos homicídios, mas, tal como os seguidores, foi condenado à pena de morte. Esta acabou por ser anulada, quando a pena foi temporariamente abolida no estado da Califórnia. Acabaram por ser todos condenados a prisão perpétua.
Eis o que aconteceu aos restantes membros da ‘família Manson’:
Os que ainda estão presos
Patricia Krenwinkel
A mulher de 69 anos foi condenada por sete homicídios qualificados. Em tribunal, confessou ter esfaqueado Abigail Folger 28 vezes. Disse ter também esfaqueado Rosemary LaBianca, enquanto esta implorava para que não matassem o marido. Foi Krenwinkel que escreveu ‘Death to Pigs’ (‘Morte aos Porcos’) com o sangue de Rosemary na parede da casa dos LaBianca. Está presa no Estabelecimento prisional feminino da Califórnia e foi-lhe negada a hipótese de liberdade condicional 14 vezes. Poderá voltar a pedi-la daqui a cinco anos.
Charles "Tex" Watson
Também foi condenado por sete homicídios qualificados. Com 71 anos, Watson continuam encarcerado e foi-lhe recusada a hipótese de liberdade condicional 17 vezes.
Leslie Van Houten
Não esteve envolvida nos ataques em casa de Sharon Tate, mas tinha apenas 19 anos quando participou nos homicídios de Leno e Rosemary LaBianca. Hoje com 68 anos, viu a hipótese de liberdade condicional ser-lhe negada 19 vezes e continua no Estabelecimento prisional feminino da Califórnia.
Bruce Davis
Está a cumprir duas sentenças de prisão perpétua por matar o músico Gary Hinman e o duplo Donald Shea. Uma avaliação feita recentemente revelava que Davis estava apto para sair em liberdade condicional, mas o governador da Califórnia, Jerry brown, recusou o pedido.
Bobby Beausoleil
Foi condenado por também ter participado no homicídio de Gary Hinman. Hoje, com 70 anos, cumpre uma pena de prisão perpétua num hospital-prisão, em Vacaville, na Califórnia.
Os que já morreram
Susan "Sadie" Denise Atkins
‘Sadie’ morreu em 2009 na prisão, vítima de um tumor cerebral. Admitiu em tribunal ter esfaqueado Sharon Tate enquanto esta pedia misericórdia. Também foi condenada pelos crimes na casa dos LaBianca e pelo homicídio de Gary Hinman.
Os que estão em liberdade
Lynette "Squeaky" Fromme
Foi condenada em 1975 por apontar uma arma ao então presidente dos Estados Unidos, Gerald Ford. Foi condenada a prisão perpétua mas saiu em liberdade condicional em 2009, depois de cumprir 34 anos de prisão.
Steven "Clem" Grogan
Saiu em liberdade condicional depois de ter revelado a localização do corpo de Donald Shea.