O “Eco”, com base em fontes próximas dos acionistas noticiou que esta saída se deverá à transposição de uma diretiva comunitária que obriga a um presidente independente dos acionistas em empresas com um modelo de governação no qual existe um conselho geral e um conselho de administração executiva.
O antigo ministro das Finanças está há quatro mandatos na EDP – dois deles como presidente –, perdeu o estatuto de independente e poderá continuar como chairman. Mas na empresa há quem afirme que poderá continuar como membro do conselho em representação da China Three Gorges.
O seu sucessor está por escolhe e o “Eco” refere dois candidatos mais bem posicionados: Luís Amado, ex-ministro e atual vice-presidente do Conselho Geral e de Supervisão, e Diogo Lacerda Machado, advogado, antigo membro deste Conselho Geral da EDP.
No final de novembro Lacerda machado, também conhecido por ser o melhor amigo do primeiro-ministro, António Costa, tinha admitido voltar à EDP. “Admito o regresso mas não como CEO da EDP”, disse ao “Jornal Económico”. A possibilidade de ser chairman ficou por comentar.
No início de outubro o “Jornal de Negócios” noticiara que Diogo Lacerda Machado era uma dos possibilidades para substituir António Mexia, cuja continuidade como CEO da EDP continua a ser uma incógnita.
Os acionistas chineses têm defendido publicamente o gestor, afirmando que estão “satisfeitos” com o seu trabalho, mas não se comprometeram ainda com a sua permanência. Mexia ainda não se manifestou sobre a sua vontade de ficar ou sair do grupo.
De acordo com a notícia, dentro da empresa, há quem defenda a renovação do mandato de António Mexia como presidente executivo e a subida de Luís Amado a chairman. O seu objetivo é continuidade na gestão da EDP.
Há também os que defendem a nomeação de Lacerda Machado como a abertura de um novo ciclo. Mudando o chairman e também do CEO.